No começo da vida fora do país topamos qualquer trabalho que pague nossas contas. Depois, com o mínimo garantido começa a surgir a necessidade de sentir satisfação e realização profissional. Esse não costuma ser um caminho fácil ou rápido de ser percorrido. No episódio de hoje, aprofundaremos esses temas com a participação de Gabriela Forde, que vive em San Diego, na Califórnia. Ela trabalha como baby-sitter e tem planos de no futuro voltar a atuar como psicóloga, cuja formação foi realizada no Brasil.
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Apresentação e entrevista: Vanessa Gazetta
Convidada: Gabriela Forde
Edição: Gladson Caldas
Arte da vitrine: Bigorna
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2 Responses
Olá Vanessa, descobri seu site por acaso e estou adorando o conteúdo que você aborda com respeito a vida no exterior. Nesse podcast me identifiquei muito com a historia da Gabi. Também sou formada em psicologia no Brasil e estou morando no Japão acerca de 2 anos e meio. O trabalho aqui é bem maçante e cansativo, são muitas horas trabalhadas e o pior como vocês disseram, é mecânico, a sensação que se tem é que a gente vai perdendo nossas potencialidades, e a frustação é muito grande. Dentre os pontos que vocês analisaram, com respeito a nossa aceitação em desempenhar trabalhos manuais no exterior, penso que essa aceitação é mais obvia porque sabemos das nossas condições naquele determinado pais, que na nossa antiga ‘casa’ a realidade social, econômica é completamente diferente em países desenvolvidos. Nosso pais é extremamente desigual, politicamente e economicamente sem falar da nossa educação. Esse preconceito é construído puramente no nosso Brasil infelizmente, até nos depararmos com outras culturas e países de primeiro mundo. Aqui no Japão trabalho em fábrica ainda, mas também me sinto no limite do estress e frustação, pretendo voltar ao Brasil e retomar uma Pós na area, mas não sei como será a vida no Brasil, não sei se me adaptaria novamente a uma realidade social e econômica completamente diferente de países de primeiro mundo, voce não sabe que maneira vai reagir diante da situação, o duvidoso assusta um pouco, sem falar de se adaptar novamente, esse processo é difícil, principalmente pra mim. O fato é que precisamos reconhecer nossa condição, se sou formada por exemplo posso potencializar essa qualificação e alcançar um patamar de vida maior e mais satisfatório na vida; mas tudo isso cabe ao campo da subjetividade, não podemos observar os outros, mas está em movimento como vocês bem colocaram, com nosso objetivo em mente, por mais que nosso planejamento mude ao longo do tempo, nunca jamais perder o foco, e se caso isso aconteça permitir a dor, pois sempre fará parte dessa construção. Tem uma frase que gosto muito que diz assim:
“E de repente,
num dia qualquer,
acordamos e percebemos que já
podemos lidar com aquilo que
julgávamos maior que nós mesmos.
Não foram os abismos que diminuíram,
mas nós que crescemos.
Fabíola Simões
Olá Nika, muito obrigada por contar um pouco da sua história e contribuir com sua perspectiva sobre a reconstrução profissional vivendo fora. Sem dúvida, essa reconquista no exterior ou na volta para o Brasil, mexe com muitos sentimentos e valores. Desejo muito boa sorte nessa trajetória. Um grande abraço!